Pessoas mordidas por morcegos na ilha do Marajó testaram negativo para vírus da raiva

A Secretaria Municipal de Saúde de Bagre, no Arquipélago do Marajó, descartou que as pessoas atingidas por morcegos-vampiros, em junho, nas comunidades rurais que ficam ao longo do Rio Piquiriana estejam contaminadas com raiva humana. Os 12 ribeirinhos que foram mordidos testaram negativo e nenhum animal capturado era portador da doença.
O prefeito de Bagre, explicou que os 12 moradores atingidos pelos morcegos foram levados até o hospital municipal, na sede da cidade, e tomaram soro contra a doença. Também foram aplicadas vacinas antirrábicas nas pessoas que tiveram contato com quem foi mordido e nos animais.
Segundo o prefeito, os trabalhos de prevenção aos ataques dos morcegos-vampiros seguem sendo feitos pela equipe de zoonose da Prefeitura.
Eem junho, a equipe epidemiológica de Bagre foi até o Rio Piquiriana a pedido dos moradores, que acusaram as mordidas. Os agentes de saúde identificaram uma colônia do morcego-vampiro, capturou alguns espécimes e aplicou uma pomada vampiricida altamente tóxica no dorso dos animais. Na colônia, os morcegos com a pasta são lambidos e matam os demais, acabando com o risco de contaminação humana.Também foram capturados alguns exemplares que passaram por exames em laboratório para identificar se o vírus da raiva animal está circulando entre os morcegos da região, não foi confirmado.
Prevenção
O principal risco que o morcego vampiro, também conhecido no Marajó como palha seca, pode levar ao humano é a raiva, uma doença letal que pode ser transmitida pela mordedura, arranhadura ou até pela saliva do animal em uma lambida.
De hábito noturno e hematófago, o morcego-vampiro costuma se aproximar quando as vítimas estão dormindo. Eles roem a pele, atravessam a carne até chagarem às veias, de onde sugam o sangue humano ou de outros mamíferos.
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